OLHO VIVO OLHO VIVO.pdf 
Autor: Mestrando Charm
Um olho no peixe e outro no gato
A cobra caninana não dá o bote errado
A cegonha carrega surpresa no papo
O maior ladrão com certeza é o rato
Jacaré na lagoa já comeu seu pato
Macaco quebra o coco e de lá, no cacho
Sucuri no riacho não perde o laço
PEITO VAZIO PEITO VAZIO.pdf 
Autor: Charm
Eu sinto um vazio no peito
Berimbau vem me ajudar
Vem, vem, vem
Berimbau vem me ajudar
Eu sinto saudades de um tempo
Que o berimbau me levou
Agora eu levo ele para
os lugares onde eu vou
Existem milhões de estrelas
Mas a minha eu encontrei
Fica no brilho do aço
Do berimbau que eu toquei
Berimbau deu um pulo no tempo
Me encontrou nas profundezas
Me deu toda harmonia
No canto da Capoeira
Pensamento invade o passado
Me deixa acordado pra sempre lembrar
Do jogo da capoeira
Que acalma o meu corpo e me faz respirar
QUANDO O GUNGA ME CHAMA QUANDO O GUNGA ME CHAMA.pdf 
Autor: Falamansa -SP
É quando o gunga me chama que eu vou
É quando o gunga me chama que eu vou jogar
Tudo que o mestre fala procure entender
Eu sei que é bom para mim, é bom pra você
Ele fala do sentimento pra ser capoeira
Que ela te guia, te ensina pra vida inteira
Mas se você me pergunta, eu não sei lhe contar
É uma coisa que vem lá de dentro e não dá pra explicar
Berimbau tocando na roda que dá pra sentir
E só quem é capoeira pode descobrir
O gunga ele quebra na roda com mal energia
O gunga ele chora na roda por quem foi um dia
Berimbau tocando aqui e no mundo inteiro
E pra quem é capoeira é o melhor companheiro
Mas é o toque do gunga que me embala
E me faz voltar no tempo nas cantigas
Relembrando as histórias dos mestres antigos
Que pra capoeira dedicaram suas vidas
QUANDO VOLTAR DA BAHIA QUANDO VOLTAR DA BAHIA.pdf 
Autor: Caxias -SP
Quando voltar da Bahia
Traga dendê
Quando voltar da Bahia
Traga dendê
Traga um pouco de dendê
Pois quero comer um vatapá
Traga um pouco de dendê
Para meu atabaque afinar
O dendê é o tempero
Que deixa a luta faceira
Se não tivesse dendê
Não era luta brasileira
Cidade de Salvador
A primeira capital
Quando voltar da Bahia
Quero que traga um berimbau
Mercado modelo
Memória da escravidão
Quero que você me conte
Histórias do velho porão
QUEM PODE EXPLICAR QUEM PODE EXPLICAR.pdf 
Autor: Perninha -RJ
Quem sabe responder
quem pode explicar
vem Berimbau dizer
vem Berimbau mostrar
Meu mestre sempre fala
de ganhar e perder
estando preparando
pro que aparecer
Capoeira nasceu
da dor na escravidão
Hoje é alegria
cultura, educação
E por que Mestre Bimba
não sendo mais rapaz
quis recomeçar a vida
no estado de Goiás
Diz por que Seu Pastinha
não teve outra saída
Tanta dificuldade
no final da sua vida
Será que no passado
puderam imaginar
que hoje a Capoeira
chegaria onde está
RODA DO BARRACÃO RODA DO BARRACAO.pdf 
Autor: Macaco Preto -BA
Vinha de Ilha de Maré
Pelas praias da Ribeira
Pescador Estivador
Para as rodas de capoeira
Seu andar malandriado
No corpo sua proteção
No chapéu uma navalha
E uma estrela de Salomão
Passado de tradição
Uma vida traiçoeira
De oficio artesão
Da arte da capoeira
No peito um sentimento
Saudade do ancestral
Na garganta um lamento
No toque do berimbau
Era Traíra, Najé
Onça Preta, Cabelo Bom
Bráulio Bugalho e
Waldemar da Paixão
Domingo dia de festa
Malandragem vadiação
Alegria e camaradagem
Na roda do barracão
Seu nome será lembrado
Morreu não está mais aqui
Nas pinturas de Caribé
Nas fotos do Fatumbi
SAGA DE LUANDA SAGA DE LUANDA.pdf 
Autor: Pato -Polônia
É Luanda ioiô
É Luanda iaiá
É Luanda que tem
As histórias pra contar
Vou cruzar o oceano
Saindo no rio Kwanza
História da capoeira
Começou lá em Luanda
Vou contar pra vocês
De um povo guerreiro
Vou contar do N'golo
E também dos Bassuleiros
Em Angola foi Mandume
Que lutou até morrer
No Brasil rei Zumbi
O seu povo defendeu
Tudo que aconteceu
Na feira do Roque Santeiro
Imagino passando
Pelo Mercado Modelo
O velho imbondeiro
Floreceu no Brasil
E a saga da capoeira
Continue assim
SEM DENDÊ NÃO VOU JOGAR SEM DENDE NAO VOU JOGAR.pdf
Autor: Cebolão -RJ
Sem dendê não vou jogar
Sem dendê não vou jogar
Lá no cais da Bahia
Vi Mestre Bimba jogar
Na praia de Amaralina
Eu encontrei Seu Waldemar
Bota dendê nessa roda
Eu lembro com emoção
Da capoeira de angola
E Waldemar da Paixão
Bimba foi rei da Bahia
Valente com seu berimbau
De corpo e alma se entregou
E se tornou imortal
SOU ABADÁ-CAPOEIRA SOU ABADA CAPOEIRA.pdf 
Autor: Cafeína -RJ
Sou Abadá capoeira
Sou capoeira Abadá
Sou Abadá capoeira
Onde o berimbau tocar
Nasci para desenvolver
A capoeira pelo mundo
Mostrando que o Mestre Bimba
Antes já previa tudo
Nesse mundo tão pequeno
Onde toca o berimbau
Vou jogando capoeira
De Angola e Regional
Viajando pelo mundo
Onde o berimbau me levar
Eu sempre me sinto em casa
Onde tiver Abadá
Se quiser saber meu nome
Nem precisa perguntar
O meu nome é capoeira
Capoeira Abadá
A maior parte do mundo
Que dedicou a sua vida
Hoje a Abadá cresceu
Graças ao Mestre Camisa
SOU MANDINGUEIRO SOU MANDINGUEIRO.pdf 
Autor: Charm
Eu sou mandingueiro ioiô
Eu sou mandingueiro iaiá
Eu sou capoeira ioiô
Eu toco berimbau iaiá
Eu faço melodia ioiô
Eu gosto de cantar iaiá
Berimbau está chamando ioiô
Eu já vou jogar iaiá
Mestre Bimba mandinga ioiô
Pastinha mandingava iaiá
Eu dou a volta ao mundo ioiô
Eu dou a volta ao mundo iaiá
TOCA O BERIMBAU VIOLA TOCA O BERIMBAU VIOLA.pdf 
Autor: Pretinho (RJ)
Ioiô, toca o berimbau viola
Iaiá, que eu viajo pra Angola
Eu viajo pra Angola
Antes vou pro cativeiro
Pra saber do sofrimento
Que teve no navio negreiro
Quando eu saio de Luanda
Vou passar na Catumbela
Vai andando por Lobito
Para conhecer Benguela
No mercado de escravos
De Benguela faz chorar
Em pensar que muitos negros
Eram vendidos por lá
Pra conhecer nossas raízes
Saber mais de nossa história
Com berimbau tocando
Tem que conhecer Angola
TRISTEZA DE AIDÊ TRISTEZA DE AIDE.pdf 
Autor: Caxias -SP
Aidê, Salomão mandou chamar
Salomão mandou chamar
Você, Aidê
Salomão está no cais
Por ordem do seu general
Ele que sempre foi de luta
Vai para batalha liberal
Torpedeira Piauí
Vai partir para o Ceará
A tristeza de Aidê
E não saber se ele voltará
Lá no céu vai quem merece
Assim diz a ladainha
Não se preocupe Aidê
Você não vai ficar sozinha
Maria do Camboatá
Vai vir cuidar de você
É que eu tenho que lutar
Na batalha de Camungerê
VENTO NO CANAVIAL VENTO NO CANAVIAL.pdf 
Autor: Caxias -SP
Vento que balança a cana no canavial
Vento que balança a cana no canavial
Na varanda da casa-grande
coronel descansava na rede
O escravo no canavial
morria de fome e de sede
Na capela da fazenda
sinha moça a se-confesar
Coberta com manto de renda
ajoelhada no altar
Sinhorinho no terreiro
maltratava o erê
A mucama na cozinha
lamentava por nada fazer
Capataz atordoado
a noite galopou em desespero
Uma família de escravos
havia fugido do cativeiro
VIOLA DE WALDEMAR VIOLA DE WALDEMAR.pdf 
Autores: Esquilo, Bobô
É, lê,lê,lê,lê,lê!
É, lê,lê,lê,lê,lê!
Lê, lê, lê, lê, lê, lê!
Lê, lê, lê, lê, lê, lê!
Eu fui na Bahia pra tocar
Berimbau de mestre Valdemar
Minha viola
Que eu não canso de tocar
Quando bate uma saudade
de mestre Waldemar
Cada toque um lamento
Parecia solidão
Waldemar levando a vida
Como um simples artesão
E hoje eu digo a vocês
E recordo a todos nos
Que quem tem um berimbau
De Waldemar é o Boa Voz
So restaram as histórias
Que o tempo não apaga mais
Cantando na Liberdade
E também na Pero Vaz
VOLTAVA NO TEMPO VOLTAVA NO TEMPO.pdf 
Autor: Esquilo -DF
Se eu pudesse eu voltava no tempo iaiá
Se eu pudesse eu voltava no tempo ioiô
Se eu pudesse eu voltava no tempo iaiá
Eu voltava no tempo ioiô
Eu voltava no tempo iaiá
Voltava pra ver Mestre Bimba jogar
Voltava pra ver seu Pastinha também
Voltava pra ver seu Traira
Voltava pra ver Valdemar
Voltava pra ver Besouro Manganga
Voltava pra ver Atenilo e Rozendo
Voltava pra ouvir cantar Mugungê
Voltava pra ver Caiçara
Maré e também Parana
Voltava pra ver Onça Preta e Aberrê
Voltava pra ver a luta do batuque
Voltava pra ver brilho da navalha
Na Bahia ver Mestre Noronha
No Recife Nascimento Grande
No Rio ver Manduca da Praia
Se eu pudesse eu voltava no tempo sinhá
So pra ver como tudo aconteceu
Se eu pudesse eu voltava no tempo
Voltava no engenho e senzala
Pra ver como a capoeira nasceu
VOU NO BALANÇO DAS ONDAS VOU NO BALANCO DAS ONDAS.pdf 
Autor: Perninha -RJ
Vou no balanço das ondas
Vou no balanço do mar
Eu vou, vou no balanço do mar
Eu vou jogando capoeira
Seguindo o meu ideal
Vou na energia da roda
No balanço do berimbau
Ouvindo as histórias do mestre
Imaginando onde posso chegar
Dou asas ao meu pensamento
Sou livre pra voar
O vento que sopra na praia
Na areia balança o coqueiro
E o toque do gunga na roda
Balança o jogador primeiro
Aprendo com o mestre jogando
Com artista pintando uma tela
Se hoje no mar sou jangada
Amanhã caravela
VOU PRA ILHA DE MARÉ VOU PRA ILHA DE MARE.pdf 
Autor: Tucano Preto -SP
Eu vou, eu vou, eu já vou
Vou pra Ilha de Maré
Eu vou, mas eu já vou
Pra jogar a capoeira
Eu vou, mas eu já vou
Eu já vou
Eu vou pela praça da Sé
Na terra do Seu Totonho
Eu vou, eu vou, eu já vou
Vou ver moça bonita
Vou pegar o treinamente
Vou passar pro tubarão
Eu vou, eu vou, eu já vou
Vou lá no São Tomé
Pela praça da Sé
Eu vou, eu vou, eu já vou
Eu vou cantar lá na Ribeira
Eu vou ver Paulo dos Anjos
Lá tem moça bonita
Vou jogar minha capoeira
Eu vou dar salto mortal